30 de out. de 2009




Evangelização Infanto-juvenil






I - Trabalhadores de Jesus



A mais importante mudança que o Espiritismo pode fazer em nossa vida é a transformação, para melhor, em nossa conduta, nossa maneira de pensar e agir. É a nossa reforma íntima, porque para nós adultos, que já temos valores cultivados ao longo dos anos, é necessária a alteração de hábitos. A Evangelização Infanto-juvenil é muito importante porque a infância/juventude, quando a criança (o jovem) está edificando valores no espírito reencarnado, é o melhor momento para assimilar bons valores, com o propósito de tornar-se um adulto educado para a prática do bem.

Além de participar do Grupo de Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita, é importante que o evangelizador, dentro do possível, leia livros ou artigos sobre educação infantil e o processo de desenvolvimento da criança (do jovem), sob a ótica espírita e psicológica. O conhecimento da mente e dos interesses infanto-juvenis auxiliam na organização das aulas, esclarecendo a realidade e o grau de evolução mental e espiritual dos evangelizandos.

A dedicação ao trabalho e o amor pelas crianças são itens básicos à tarefa de evangelizar crianças e jovens. Aliado a isso, o evangelizador deve ter consciência da importância do seu trabalho, preparando as aulas com antecedência, harmonia e muito entusiasmo.

O compromisso do evangelizador não é com o DIJ, nem com o Centro Espírita; o compromisso do evangelizador é com Jesus, pois cada evangelizador é um Trabalhador de Jesus.





III – Dicas para o evangelizador



Não esperar sentir-se totalmente preparado para iniciar a evangelizar. No início, o trabalhador não se sente totalmente preparado, apto para a tarefa. Importante conhecer os conteúdos ministrados (se a aula for sobre prece, por exemplo, ler sobre o assunto) e dedicar-se para realizar o seu melhor. Assim, a cada aula que é preparada, o primeiro a evangelizar-se é o evangelizador. Ler sobre evangelização, pesquisar métodos utilizados, técnicas de aprendizado, saber mais sobre a fase da infância com a qual trabalha, trocar idéias com evangelizadores mais experientes, participar de cursos promovidos pelo DIJ e pelo DAFA também são atitudes que muito auxiliam.



Superar as dificuldades. Os espíritos que não desejam que a importante tarefa da evangelização prospere (encarnados e desencarnados) utilizam-se de vários acontecimentos para que o evangelizador não vá, desista ou chegue atrasado, desarmonizando o trabalho, como por exemplo chantagem de filhos, brigas domésticas, etc. Mas não se deve colocar a responsabilidade nos espíritos, pois o evangelizador deve organizar-se e fazer escolhas, pois sempre haverá oportunidades para fazer outras atividades no horário da evangelização.



Persistir na tarefa. O evangelizador pode ter, durante a preparação das aulas ou mesmo durante a evangelização, pensamentos de essa atividade não é importante, que qualquer um faria, que não vale a pena continuar, que não está preparado, que é muito difícil, enfim, idéias que o levem a pensar em desistir. É verdade que se aquele evangelizador não prosseguir no trabalho outro o fará; porém, se a tarefa foi confiada a determinada pessoa, ela deve realizá-la, sem se deixar influenciar por idéias de espíritos que não desejam a continuidade do bem.



Ser evangelizador 24 horas por dia. Estar sempre atento a novas técnicas que possa utilizar na evangelização. O dia-a-dia apresenta inúmeras idéias de técnicas, materiais diferentes, sucatas possíveis de utilização na evangelização. Mas para perceber é preciso estar ligado, atento, ou seja, ser evangelizador 24 horas por dia. Importante, também, é ter um local próprio para guardar os materiais e anotar as idéias que forem surgindo.



Harmonizar-se. Ter um horário pré-determinado para preparar as aulas, fazer uma prece para harmonizar-se, iniciando no horário previsto são atitudes que facilitam o trabalho de encarnados e desencarnados. Importante confiar na espiritualidade superior, que sempre orienta e intui quem se dispõe a trabalhar com disciplina, entusiasmo, determinação, fé e amor.



Adequar as técnicas a serem utilizadas. Conhecimento acerca da realidade das crianças e do conteúdo a ser desenvolvido auxilia na adequação das técnicas a cada realidade. Todas as atividades desenvolvidas em sala de aula devem ser adequadas à idade das crianças, pois em cada fase da infância os evangelizandos têm diferentes interesses e percepções da realidade. Cabe ao evangelizador a pesquisa e a análise do grau de entendimento e motivação de cada grupo.



Um Diário de Classe é bastante útil. O evangelizador pode anotar nele o conteúdo desenvolvido, as atividades, os textos, enfim, as aulas. Pode fazer também pequenas observações sobre o andamento das aulas, como: o tempo foi curto, as crianças gostaram da atividade, nem todos gostaram, foi perguntado algo diferente, as crianças sugeriram tal atividade, etc. Se houver crianças que vão permanecer mais de um ano no mesmo ciclo (geralmente são dois anos em cada ciclo), no ano seguinte é importante não repetir as aulas, ou seja, seguir o currículo, mas desenvolver os assuntos com motivação e técnicas diferentes porque as crianças lembram o que realizaram no ano anterior e cobram técnicas diferentes.



Educar é diferente de instruir. A Evangelização Infantil pode ser dividida em dois itens: a instrução e a educação para o amor. A instrução inclui conhecimentos espíritas básicos, como Deus, Prece, entre outros assuntos de O Livro dos Espíritos; a educação para o amor visa solidificar no evangelizando uma conduta cristã, embasada em O Evangelho Segundo o Espiritismo, a partir de realidades vividas pela criança em seu dia-a-dia. O evangelizador deve conhecer o Currículo para Escolas Espíritas de Evangelização Infanto-juvenil, orientando suas aulas por ele.



Participar de um Grupo de Estudo Sistematizado da Doutrina Espírita. Além do esforço individual, através de leituras edificantes, cursos e palestras, o evangelizador deve participar de um grupo de estudos a fim de ampliar seus conhecimentos espíritas, evitando desvios doutrinários.



Lembrar que crianças são espíritos em diferentes graus evolutivos. É preciso prestar atenção em cada criança, ver suas dificuldades e interesses. Enquanto para algumas crianças Espiritismo é uma novidade, para outros é recordação, pois já tiveram contato com princípios doutrinários em outras encarnações. Cabe ao evangelizador perceber quando e como deve aprofundar conteúdos, de acordo com o aproveitamento dos evangelizandos.



Não utilizar exemplos pessoais. Cada evangelizador tem o compromisso de realizar sua reforma íntima, de evangelizar-se, vivenciando os ensinamentos do Cristo, para que não aconteça o “faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Embora as crianças admirem e tenham o evangelizador como um exemplo a ser seguido, não devem ser utilizados exemplos pessoais, contando situações que aconteceram com o evangelizador, a fim de não personalizar o ensinamento.



Ser humilde. O aprendizado do evangelizador deve ser constante e ele deve ser humilde para admitir que não sabe algo perguntado (não informar algo que não tem certeza), comprometendo-se a pesquisar e elucidar a dúvida no próximo encontro. Também não deve utilizar-se de “achismos” (eu acho que...), pois sua tarefa é ensinar a Doutrina Espírita e não opiniões e conceitos individuais.



Ser criança. Ensinar utilizando a linguagem (palavras) e interesses das crianças; usar atividades que elas gostem, ensinar por meio de jogos e brincadeiras. Importante também interagir, aprender junto, não entregar tudo pronto, permitindo que as crianças participem do aprendizado, descubram o conhecimento, concluindo por si mesmas as melhores atitudes. Isso inclui aproximar-se emocionalmente das crianças, sentar no chão, desenhar, gostar da atividade que está sendo realizada, identificar-se com o trabalho. Ler histórias infantis, conhecer os personagens e os desenhos infantis, bem como as brincadeiras que as crianças gostam também auxiliam no relacionamento evangelizador-evangelizando.



Avaliar a aula ministrada. Pode-se verificar se o encontro semanal alcançou seus objetivos através das reações das crianças, se elas entenderam, se era preciso aprofundar mais o tema, se ficou faltando algum aspecto do conteúdo proposto que deverá ser complementado na próxima aula. Também é possível observar se a aula foi boa pelo estado de ânimo de evangelizador e evangelizandos, pois todos devem sentir-se bem ao término do encontro.



Trabalhar em duplas é muito bom. Duplas (ou trios de evangelizadores, se possível) realizam excelente trabalho quando há sintonia. São duas pessoas para dar carinho e atenção às crianças, para pesquisar, pensar sobre a aula a ser desenvolvida, dividir tarefas na preparação e execução da aula, bem como para avaliar os resultados.



Seguir as regras do Centro Espírita. Todo Grupo Espírita tem suas regras, como a exigência de freqüentar um Grupo de Estudo para ser evangelizador, por exemplo. Aqui também estão incluídas as atitudes de disciplina, amor, compreensão e carinho que envolvem qualquer trabalho voluntário. Só para lembrar: o evangelizador não deve gritar com as crianças, colocar evangelizando para fora da aula ou de castigo, pois a base deve ser o amor e o respeito. No caso de uma criança estar, reiteradamente, desarmonizando o trabalho o evangelizador deve conversar com os pais ou responsáveis pelo evangelizando, encaminhando-os (inclusive a criança) para o Atendimento Fraterno e o Passe, se necessário.



Evangelizar-se. O evangelizador deve buscar sua transformação moral, através do esforço para adquirir virtudes; ao mesmo tempo que sabe-se imperfeito, deve se esforçar para vivenciar o que ensina.



Demonstrar entusiasmo pela tarefa. Chegar sorrindo, bem humorado, abraçar, ser carinhoso através de palavras e gestos, sendo atencioso, demonstrando interesse pelas coisas que acontecem com as crianças, ouvindo-as, incentivando-as, dando-lhes apoio. Por exemplo, quando uma criança conta que vai ganhar um irmão, ficar contente com ela, ouvi-la, dando-lhe segurança e demonstrando que se importa com o que acontece com cada uma delas. O entusiasmo pela tarefa é percebido e valorizado pelas crianças, que sentem que aquele momento de aprendizado é importante para o evangelizador e para elas.



Amar. Amar as crianças e amar a tarefa de evangelizar. Somente quem realiza um trabalho voluntário sabe o quão gratificante é a tarefa feita com amor e dedicação.







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